foram mais de 1500 as pessoas que passaram pela primeira edição do Veggie Fest, que teve lugar este fim de semana, na Oliva Creative Factory, em São João da Madeira. e a organização diz mesmo que 90% do público nem sequer era vegetariano.
e foi isso mesmo que presenciei logo no primeiro dia do festival: eram muitos, tantos, afinal à procura do mesmo… aprender algo novo, que se possa levar para casa e para o nosso quotidiano, para uma alimentação mais consciente e cuidada, por nós mesmos ou pelos nossos.
Gabriela Oliveira, autora de livros como “Cozinha Vegetariana para Quem Quer Poupar” e “Cozinha Vegetariana para Festejar”, conta que é também cada vez mais assim nos workshops de culinária vegan que orienta: aparece a avó que quer aprender a cozinhar para a neta que agora tem “essas manias” e aparece o marido que deixou a mulher em casa a tomar conta da bebé e quer confecionar refeições domésticas mais nutritivas para o crescimento do novo rebento. gerações assim a cruzarem-se, a puxarem umas pelas outras, para uma dieta que, desde logo, promete quebrar a monotonia e introduzir nas nossas cozinhas variedade, todos os ingredientes que temos ao nosso dispor. “não é mania”, garante, “é ser-se criativo e entusiasta a cozinhar”.
e nisto já estávamos todos convencidos, vendo as cores que lhe saíam do tacho e salivando com o aroma a cominhos, gengibre e caril que pairava no ar. mas, não fosse haver sombras de dúvidas, a Gabriela ainda deu a degustar um bolo feito sem ovos… sim, estava húmido, macio, doce, delicioso!
“fácil, divertida e saborosa”
logo a seguir, a rendição final, com a intervenção da nutricionista Sandra Gomes Silva. a co-autora do manual “Linhas de Orientação para uma Alimentação Vegetariana Saudável” desmontou todos os mitos – não há nada na carne, no peixe, nos ovos ou no leite, quais proteínas, ómegas 3, vitaminas D e B12, ferro, cálcio ou iodo, que não se encontre nos cereais e leguminosas; e descomplicou – tofus, seitans, salsichas de soja, quinoas e outros alimentos na moda não são essenciais numa alimentação vegetariana e nem sequer são os mais saudáveis porque altamente processados.
o Chakall, que ali veio demonstrar como se faz o prato que mais gostou nas suas voltas pelo mundo (vegetariano, claro esta), fez o resto: trouxe para a cozinha música e ritmo, boa disposição e mensagens positivas, e atraiu crianças da audiência para trás do balcão. porque cozinha também é isso: partilha. a receita, deixei-a a meio, porque a energia que ali se gerou foi o mais contagiante.
e eu, que andava cansada de comer sempre o mesmo e desmotivada para a cozinha, saí deste evento mais do que satisfeita: grata por esta iniciativa que, aberta a toda a comunidade, deu acesso a uma fonte de informação e conhecimento verdadeiramente enriquecedores. era o que se pretendia, garante Pedro Andrade, da organização: “queríamos demonstrar que a alimentação vegetariana é fácil, é divertida, é saborosa, e consegue-se o mesmo valor nutritivo que outros géneros de alimentação.”
mais info:
http://veggiefest.pt/
http://gabrielaoliveira.weebly.com/
http://ovegetariano.pt/consultoria/
https://www.facebook.com/chakall22/
so cool…
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