etapa V: Santiago de Compostela
há quem dê as mãos e se beije e abrace; há quem venha a correr e se deixe cair de joelhos ou atire a mochila para o chão; há quem chore, há quem cante e há quem grite; há quem desate a tirar fotos, não a rostos mas a espadas de guerra, pés ou bicicletas; há quem venha a mancar e com lesões visíveis mas com sorrisos estampados nos olhos; há quem se deite a absorver todo o calor daquele chão e daquela gente em movimento…
seja qual for o ritual de chegada à Praza de Obradoiro, há um momento em que todos nós, mas mesmo todos, procuramos no horizonte o topo da fachada mais importante da Catedral. e, sentados, a sós e em silêncio, olhamos lá para cima e para o mais fundo que há em nós. o descanso dos guerreiros – para muitos mais uma noite num albergue – vem depois. é tempo de ir abraçar Santiago.